O personagem do tédio, todo monocromático, expressão facial neutra e em constante uso do celular reflete a falta de energia e desânimo tão característicos desse afeto. A origem da palavra tédio remonta à palavra grega akedia, vinda de kedos (“importar-se com”), ou seja, “não importar-se com”.
O tédio tem relação com o desprazer, a indiferença, a monotonia. Ele vem da falta de significado e do vazio. Ele pode surgir nas atividades mais rotineiras. A percepção da passagem do tempo, a procrastinação da execução de certas atividades (ou de tomadas de decisão) e uma maior liberdade de escolha do que fazer com o tempo, são componentes interessantes quando se discute sobre a experiência de sentir tédio.
O que te deixa entediado? As redes sociais tem sido usadas como uma fuga de momentos desinteressantes do dia-a-dia? A grande quantidade de informações e estímulos presentes nas redes de certa maneira ajudariam a preencher o vazio do tédio?
Referência
Gradin, Adriana Meyer Barbuda. Tédio e apatia como sintomas: manejos na clínica psicanalítica. 2018. 209 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia: Psicologia Clínica) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018.